Dados científicos das novas vacinas estão sendo divulgados agora e trazem esperança para o fim da pandemia a médio prazo, mas é importante lembrar que a vacina só estará disponível em 2021 e para uma parcela da população, visto que a demanda é maior que a capacidade de produção de vacinas no mundo.
Provavelmente não teremos opção de escolha de qual vacina tomar, mas vale a pena conhecer um pouco das 5 vacinas com estudos em fase mais avançada Existem alguma vacinas em fase 3 que utilizam técnicas diferentes, mas com o mesmo objetivo.
Tanto a vacina da Pfzer quanto da Moderna: Utilizam uma nova técnica, no qual a administração de um código genético do vírus ( RNA mensageiro ) no indivíduo, faz com que o indivíduo produza uma parte do vírus que por sua vez irá estimulará o sistema imune a produzir anticorpos contra o vírus. A pessoa não entra em contato com o vírus e por isso, não existe risco de infecção pelo SARs-Cov-2. O estudo de fase 3 mostraram eficácia acima de 90%, com baixo efeitos colaterais
A vacina de Oxford em parceria com a Fiocruz e produzida a partir de um adenovírus atenuado de macaco manipulado para expressar uma proteína do SARs-Cov-2. A pessoa recebe um vírus atenuado (vírus da gripe de macaco), mas também não tem contato com o vírus SARs-Cov-2. Ao menos teoricamente, pessoas imunodeprimidas poderiam desenvolver sintomas de gripe, mas não a Covid-19. O estudo de fase 3 mostrou eficácia de 62% para a dose considerada normal, mas acima de 90% com a metade da dose inicial. No entanto, como essa dosagem foi utilizada por engano, os estudos irá necessitar de mais dados. Também foram incluídos um número muito pequeno de pessoas acima de 55 anos, exigindo ainda estudos complementares
A vacina russa (Sputinic V) é muito semelhante a vacina de Oxford, mas utiliza um adenovírus humano, em vez do adenovírus de macaco. O estudo de fase 3 ainda não foi publicado, mas os resultados também mostraram eficácia acima de 90%, com baixo efeitos colaterais.
A vacina chinesa (Coronavac), produzida em parceria com o Instituto Butantâ é feita com o vírus SARs-Cov-2 inativado (morto). Apesar de utilizar o próprio vírus da SARs-Cov-2 o processo de inativação impede que a doença se desenvolva, mas mesmo assim, o organismo consegue produzir uma resposta imunológica que protege contra a Covid-19. O resultado do estudo de fase 3 é esperado para o dia 15/12/20.
Vacinas de uma maneira geral são seguras, efetivas e com baixo risco de efeitos colaterais. Os dados ainda são escassos, mas tudo indica que as vacinas acimas são promissoras. Não existem dados em pessoas imunodeprimidas, mas considerando que não existe vacina com vírus do SARs-Cov-2 atenuado, considero que as vacinas acima são seguras, mesmo para uso em pacientes imunossuprimidos.
Mas lembrem-se: Mantenha os cuidados de higiene e USE MÁSCARA!!!